Um procedimento cirúrgico, por menor que seja, sempre deve ser analisado com critérios, visando os riscos e os benefícios. A equipe médica deve estar atenta afim de minimizar as complicações desses atos. Com o avanço tecnológico, a medicina tem ampliado seu arsenal nesse sentido. Em se tratando de cirurgia oncológica, essa questão atinge um patamar ainda mais contundente, pois trata-se do tratamento do temível câncer.
A medicina nuclear, uma especialidade que tem na oncologia um dos aspectos mais relevantes na abordagem diagnóstica, entra definitivamente na parte cirúrgica, com a cirurgia radioguiada e a utilização de um dispositivo sensível a radiação chamado Gama Probe, um instrumento médico de alta tecnologia que quantifica a radiação. É composto por uma sonda que faz a contagem desta radiação no ato cirúrgico, guiando o cirurgião para a exata localização de lesões, notadamente o nódulo sentinela. O nódulo sentinela é o primeiro linfonodo (cadeia de células de defesa agrupadas) a receber células tumorais que se disseminam através dos canais linfáticos provenientes do tumor primário.
O estado do nódulo sentinela reflete com grande freqüência o estado de todos os outros gânglios, isto é, se este não apresentar infiltração metastática, a chance do restante da cadeia estar comprometida é muito baixa. Essa informação é importante, pois a retirada de uma grande quantidade de gânglios pode desencadear efeitos indesejados, como diminuição da mobilidade nos braços, edemas e problemas estéticos, em se tratando do câncer de mama.
A pesquisa do nódulo sentinela tem indicação precisa e bem estabelecida em determinados tipos de tumores de mama, vulva, pênis e melanoma, entre outros. Para determinar o nódulo sentinela existem três técnicas, sendo duas delas realizadas pela medicina nuclear: linfocintilografia, azul patente e pesquisa intra-operatória com Gama Probe.
A linfocintilografia é um método diagnóstico por imagem, realizado em serviços de medicina nuclear, que fornece informações da rede linfática. Para realização deste exame, é administrado material radioativo, em mínimas quantidades na região do tumor primário. Este material é drenado através da cadeia linfática regional e gânglios, sendo o nódulo sentinela o primeiro a aparecer. Imagens são registradas e a pele é marcada projetando o nódulo. Isto é de suma importância no ato cirúrgico, pois ajuda a direcionar o local da incisão para retirada do nódulo, diminuindo o tempo cirúrgico e o tamanho da incisão. Neste ato cirúrgico o Gama Probe direciona, através de emissão sonora, a localização exata do nódulo que contém a maior quantidade de radiotraçador. Por este método é possível avaliar com contagem in vivo e ex vivo se o nódulo foi realmente retirado.
A técnica do ¨ROLL¨ (radioguiaded occult lesion localisation) usada em câncer de mama envolve a inoculação pré-operatória de uma pequena quantidade de material radioativo dentro de microcalcificações agrupadas ou dentro de pequenos nódulos não palpáveis. Com o direcionamento do Gama Probe, o cirurgião remove estas lesões com acurácia.
Dessa forma, o médico nuclear passou a ser parte integrante e necessária na equipe cirúrgica, composta pelos cirurgiões, oncologistas, patologistas, radiologistas e radioterapeutas, devido as novidades e ao avanço tecnológico da cirurgia radioguiada.
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