Método moderno em cirurgias para tratamento de próstata

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Por Cecília Dionízio (Diário da Região)
As cirurgias urológicas estão cada dia mais simples. Isso porque já não dependem exclusivamente do bom uso do bisturi pelas mãos hábeis do cirurgião. Hoje, muitos procedimentos são feitos com ajuda do laser, que permite não apenas um resultado mais rápido na recuperação, mas também mais eficaz. O urologista Miguel Zerati Filho, do Instituto de Urologia e Nefrologia de Rio Preto, explica ser o laser uma inovação para a cirurgia de hiperplasia benigna, por exemplo, por causar menos sangramento.
Porém, ele acredita que a recuperação do paciente seja um pouco mais lenta. “Ele demora mais para voltar a urinar normalmente, pois causa mais ardência e dor no pós-operatório”, explica. A hiperplasia prostática é o crescimento de um tumor benigno da próstata. Esta doença atinge 50% da população masculina com mais de 60 anos no Brasil. De acordo com o urologista Fernando Nestor Facio Junior, a doença pode gerar situações constrangedoras ao homem, já que um dos sintomas é o gotejamento ao final do ato de urinar.
O médico observa ainda que o aumento do tamanho da próstata é uma condição normal na vida dos homens com o passar dos anos, ou seja, quanto mais velho fica, mais a próstata aumenta de tamanho, e esse crescimento não tem nenhuma relação com o câncer de próstata. “Entre os sintomas que marcam o problema, é possível citar o jato urinário fino e fraco, nocturia (levantar várias vezes durante a noite para urinar), sensação de bexiga sempre cheia, ardência para urinar e até a possibilidade de retenção urinária aguda”, diz. 
O especialista afirma que, graças ao bisturi elétrico ou ao laser, é possível tratar o problema de forma mais rápida. Além do menor sangramento durante a cirurgia, Facio Junior explica que isso traz maior segurança ao paciente. “Uma nova terapia medicamentosa é a utilização de um remédio para tratar a disfunção erétil, que já mostrou bons resultados em pacientes com hiperplasia prostática, melhorando muito a qualidade de vida”, afirma o médico.
A cirurgia convencional, neste caso, é denominada ressecção trans-uretral da próstata. De acordo com o urologista Zerati Filho, ainda é considerada padrão ouro (isto é, mundialmente a escolhida para cirurgia de hiperplasia) no combate a esta doença. Ele explica que mesmo, causando um sangramento um pouco maior durante a cirurgia, em 99% dos casos não é necessário realizar transfusão. “A médio prazo, após cerca de 90 dias, o resultado final da cirurgia a laser e a convencional acaba sendo semelhante”, diz. Por outro lado, os médicos concordam que, quando a cirurgia de hiperplasia benigna é feita com o laser, o risco de impotência é desprezível, próximo de zero.
Medicamentos
Entre as alternativas iniciais para se reduzir o aumento da próstata, que por sua vez provoca o estreitamento da uretra e causa dificuldade para urinar, está o tratamento com remédios “alfabloqueadores”, entre eles a finasterida, doxazosina, dutasterida e, mais recentemente, o uso do tadalafila. Este último foi recém-aprovado para pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por melhorar os sintomas da dificuldade miccional (urinar) da próstata, embora, inicialmente, tenha sido desenvolvido para combater a disfunção erétil.
Câncer de próstata
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 10% dos homens vão ter o câncer de próstata. Com o aumento da longevidade por conta da melhor qualidade de vida, esse número tende a aumentar. A estimativa é que, de cada 6 homens, 1 terá câncer na próstata. “Nossa maior atenção e preocupação no momento é identificar precocemente e, principalmente, tratar, evitando supertratar os cânceres ‘indolentes’ ou com menor agressividade tumoral, que não causariam maiores problemas”, diz o urologista Miguel Zerati Filho.
Quanto mais cedo é feito o diagnóstico do câncer de próstata, melhores são os resultados obtidos com a cirurgia radical (prostatectomia). Nela, retira-se o máximo de tecido doente e, em alguns casos, também é indicada a radioterapia. Porém, ocorre muito entre os doentes adiar ao máximo o diagnóstico, pois têm receio de ficar impotentes após a cirurgia. O médico observa que a probabilidade da disfunção erétil é elevada, cerca de 50% – índice que aumenta quanto mais idoso é o paciente.
Daí porque o urologista Carlos Verona, de Rio Preto, recomenda que todo homem após os 40 anos, sem sintomas urinários ou sexuais, procure um urologista, anualmente, para avaliação rotineira. “Sempre que houver qualquer alteração ou sintoma, a procura deve ser imediata”, diz. Faz parte da avaliação o toque retal e o exame de sangue (PSA). E então, quando os dois dão normais (variam de acordo com idade, tamanho da próstata, entre outros), e se não houver alterações clínicas, a avaliação de rotina para por aí – e deve ser novamente repetida em um ano.
Melhor conscientização
Os médicos alertam para a importância dos homens procurarem o médico para exames de rotina e acompanhamento. “Os homens precisam entender a necessidade de procurar o médico e realizar os exames de rotina para fazer a prevenção de outras doenças e também para obter informações e tirar dúvidas sobre as doenças masculinas”, diz o urologista Fernando Nestor Fácio Junior.
De acordo com o colega Miguel Zerati Filho, dentre os problemas mais frequentes a afetar a próstata, no jovem, é a infecção, chamada prostatite. Após os 50 anos, devido ao hormônio masculino, a testosterona, a próstata começa a crescer na maioria deles. Não há nada que possa ser feito para impedir seu crescimento. “Uns homens terão mais, outros menos; uns antes, outros depois, entre outros. Destes crescimentos, 90% são benignos, a chamada hiperplasia benigna da próstata, porém, 10% se tornam malignos, o câncer da próstata. Só os exames periódicos poderão diferenciar um problema do outro”, afirma.
Matéria - Diário da Região - Solução a Laser
 

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