As lições do esporte podem ser copiadas em qualquer atividade. Trabalho em equipe, com cada um fazendo seu melhor para a vitoria, essa é a melhor lição de todas.
Matéria publicada na revista Parcerias do Bem, ed.outubro/2009
Texto: Cris Oliveira
Oscar Schmidt ocupa lugar privilegiado no mundo do basquete. É o jogador que mais fez pontos, sendo que em 25 anos atuando como profissional em clubes do Brasil, Itália e Espanha, além da Seleção Brasileira, contabilizou 49.737 pontos. Carrega também o título de maior cestinha do Campeonato Brasileiro e das Olimpíadas, onde, em cinco participações fez 1093 pontos.
Diante desta realidade ele conquistou o apelido de “Mão Santa”, mas ele é avesso a denominação, e garante que deveria chamar “Mão Treinada”. Sua rotina de treinamentos incluía, após as atividades diárias com o time, mil arremessos. E ele garante que, só terminava a série quando acertava 20 chutes de três, consecutivos. Com a inconfundível camisa número 14, ele foi: tricampeão Mundial de Clubes, campeão Sul-americano.
Parcerias do Bem – Acredita que com treino qualquer pessoa pode se tornar um bom atleta do basquete? Ou é preciso ter vocação?
Oscar Schmidt – Qualquer um pode vencer através da repetição, em qualquer atividade, basta querer de verdade. Talento se constrói, ninguém nasce para fazer alguma coisa, nós temos é que encontrar aquilo que gostamos de fazer e nos dedicar ao máximo.
PB – Para fazer quase 50 mil pontos, como era sua rotina diária de treinamentos?
OS – Treinava, treinava e treinava. E quando estava bem cansado… treinava mais um pouquinho.
PB – Qual foi o jogo inesquecível da sua vida? Por quê?
OS – O Pan de 87 contra os Estados Unidos. Foi a primeira vez que eles perderam dentro de casa e primeira vez que alguém fez mais de 100 pontos numa seleção americana. Fizemos logo 120, para ficar com 20 de troco, ninguém acreditava na gente, nem a gente.
PB – Que tipo de experiência você trouxe do esporte, para sua vida cotidiana?
OS – A de que não se consegue nada sozinho, nada.
PB – O Oscar se aposentou nas quadras, mas segue trabalhando pelo esporte. Como é sua rotina de trabalho hoje?
OS – Faço palestras pelo Brasil e trabalho para a TV Record, tenho uma rotina bem cheia.
PB – Em relação as palestras que ministra, como é possível relacionar o esporte ao ambiente corporativo?
OS – As lições do esporte podem ser copiadas em qualquer atividade. Trabalho em equipe, com cada um fazendo seu melhor para a vitoria, essa é a melhor lição de todas.
PB – Na sua opinião, o que falta para que a atual geração de jogares de basquete, volte a ter o respeito que já teve.
OS – Comprometimento com a seleção. As vezes eles se esquecem que representam 200 milhões de pessoas, as vezes eles fazem pouco caso da seleção, pensam que a seleção não os merece.
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