
Flávia Augusto
“A mulher conquista um espaço importante em uma profissão dominada pelos homens”, diz a empresária contábil Flávia Augusto, da Augusto Contabilidade, empresa integrante do PQEC-Programa de Qualidade das Empresas Contábeis. Acompanhe entrevista com a especialista sobre o assunto.
– Há quanto tempo você está no mercado da contabilidade?
Flávia Augusto – Trabalho na área contábil a 14 anos. Terminei o colegial e fiz a escolha por Ciências Contábeis, e logo que ingressei na faculdade já comecei a trabalhar em escritório contábil, fiz MBA em Gestao Financeira e Controladoria pela FGV, estou cursando MBA em Gestao Tributaria pela INPG, e diversos cursos e palestras relacionados a área contábil.
– O que a motivou para escolher essa área?
Flávia – A contabilidade sempre esteve presente em minha vida, pois meu pai é empresário contábil e sempre que tinha oportunidade ia conhecer como era seu trabalho. Isso me encantou, e hoje, juntamente com meus irmãos damos sequencia ao trabalho iniciado por ele. Estamos juntamente com mais 7 empresas de Rio Preto e Região no PQEC – Programa de Qualidade de Empresas Contabeis (Sescon-SP), sempre buscando melhorar nosso atendimento e processos.
– Quantos empregados sua empresa tem? Existe alguma “predileção” por contratar mulheres?
Flávia – Atualmente estamos com 35 colaboradores. Na seleção dos colaboradores não temos diferenciação de sexo, o que analisamos é se o candidato está apto a exercer a função. Mas, venho analisando que para área fiscal a grande maioria são mulheres, pelo menos no nosso caso. Já para o departamento contábil os homens são maioria. Acredito que as mulheres são mais detalhistas e organizadas em relação a analise, interpretação e digitação, e adaptam-se melhor na função. Já os homens são mais práticos na elaboração de balanços, embora as mulheres se adaptem facilmente em qualquer função.
– O mercado emprega muitas mulheres? Quantas mulheres contabilistas existem em Rio Preto?
Flávia – Dos 1300 inscritos no CRC – Conselho Regional de Contabilidade, 347 são mulheres, ou seja, quase 27% do total. Esse dado é do final de 2010, e não são todos os colaboradores que recolhem participação sindical no CRC, então acredito, que o número seja um pouco maior. Podemos considerar que cerca de 30 a 40% dos trabalhadores na área contábil sejam mulheres.
– Você acredita que as mulheres têm características positivas para o mercado? Quais?
Flávia – Sim, acredito no potencial das mulheres para atuar em qualquer área, no caso da área contábil estamos ganhando um espaço importante, pois era uma profissão dominada pelos homens, mas com o passar do tempo as mulheres estão se interessando mais por esta área e conquistando seu espaço.
– Por ser uma área exata que sempre foi dominada pelos homens e por ser estritamente ligada a setor empresarial, você acredita que existe algum preconceito com relação às mulheres no setor contábil? Você já passou por alguma situação do gênero?
Flávia – Preconceito não. Pelo contrario, muitos clientes elogiam e gostam da forma de que são atendidos pela nossa empresa contábil. O que acontece muito é que a maioria dos empresários são homens, então ficamos em “desvantagem” na hora de fazer uma integração maior com os clientes. Por exemplo, ninguém vai nos convidar para uma partida de futebol ou para uma pescaria.
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