Você sabe o que é storytelling? Storytelling é um termo em inglês. “Story” significa história e “telling”, contar. Mais que uma mera narrativa, storytelling é a arte de contar histórias usando técnicas inspiradas em roteiristas e escritores para transmitir uma mensagem
Você pode ter ideias e mensagens brilhantes para transmitir, mas se não souber como fazer isso da melhor maneira, de nada adianta — sua audiência continuará formada por plateias vazias ou poucos likes.
A definição que se costuma dar é que storytelling é a prática de se contar uma boa história. E este “boa”, na imensa maioria das vezes, quer dizer relevante. Ou seja, uma história que consiga reter a atenção do interlocutor – esteja ele onde estiver – e que, de preferência, marque-o, fique em sua memória. Uma narrativa bem articulada, com começo, desenvolvimento e final específicos, e que de alguma forma capture o público – seja por meio do drama, da tragédia, da comédia ou da ação.
Um estudo conduzido pela Forrester Research descobriu que 88% dos executivos e responsáveis por tomadas de decisão nas organizações preferem a conversa do que apresentações de vendas agressivas. Ou seja, têm interesse em histórias envolventes; no bom storytelling.
Sua escrita ainda pode não ser cativante o bastante. A de vários escritores de sucesso também não era no começo. É uma questão de encontrar a sua voz, desenvolver a sua habilidade e aprender a contar histórias capazes de encantar seus leitores.
O que é Storytelling?
Storytelling é a arte de contar, desenvolver e adaptar histórias utilizando elementos específicos — personagem, ambiente, conflito e uma mensagem — em eventos com começo, meio e fim, para transmitir uma mensagem de forma inesquecível ao conectar-se com o leitor no nível emocional.
É comum separarmos o storytelling em duas partes. Story: a história e a mensagem a serem transmitidas e telling: a forma como essa mensagem é apresentada.
O principal fator que deixa a audiência interessada na história é o conflito: o desafio que surge para o personagem a fim de motivá-lo a percorrer toda a jornada. Um conflito muito simples não desperta interesse, pois não gera identificação. Afinal, conquistas muito fáceis não costumam ser valorizadas.
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Ele deve ser mais elaborado e também não pode ser facilmente superado. Nesse caso, seria uma história romantizada, que pode até despertar emoções, mas dificilmente gera identificação. Portanto, o conflito deve ser elaborado e de difícil superação, a ponto de exigir a transformação do personagem para que seja superado.
É importante saber que storytelling e narrativa não são exatamente a mesma coisa. É possível incorporar alguns elementos do storytelling nos seus conteúdos sem necessariamente transformá-los em narrativas.
Experiência da Pixar
Responsável por inúmeros sucessos, como Toy Story e Procurando Nemo, o estúdio de animação Pixar aplica o storytelling com maestria em seus filmes, e a estrutura utilizada é extremamente simples.
No primeiro ato: apresentação. O público é apresentado aos personagens em seu mundo, com toda a rotina acontecendo normalmente até que ocorre o evento que anuncia o conflito. 2º ato: a jornada. Por causa do conflito, acontecem uma série de outros acontecimentos que se tornam obstáculos para o protagonista. E por causa de cada obstáculo, tem-se um novo, até chegar ao conflito final. 3º ato: a mudança. O público é reapresentado aos personagens em sua nova rotina, agora transformados pela resolução do conflito.
Não romantize as histórias
As principais vantagens do storytelling são a possibilidade de se conectar com o leitor emocionalmente e escapar do overload. Ao romantizar as histórias, você acaba suavizando ou comprometendo o conflito, o que traz uma situação onde tudo acontece de forma muito fácil — e isso acaba dificultando a identificação do leitor por ser muito distante da realidade.
Storytelling é a habilidade de contar histórias utilizando recursos audiovisuais, além das palavras. A técnica ajuda a promover seu negócio e vender seus serviços de forma indireta, com caráter persuasivo. O storytelling é utilizado com frequência na TV, no marketing e na publicidade.
Entenda os principais conteúdos para motivar o engajamento de sua audiência. Eles servem para agilizar na tomada de decisão e aumentar os resultados. Conheça-os:
Informativo
É aquele que agrega valor a partir do conhecimento. Ele é produzido para auxiliar aquele prospect que está querendo saber mais sobre o seu produto. Trabalhe com dicas, hacks e recomendações de uso. Use um vídeo na home de seu site explicando seus serviços e mostrando cases.
Serviço
São conteúdos que servem para ajudar sua audiência. A lógica por trás do conteúdo de serviço é simplificar a vida das pessoas, resolver algum problema ou até mesmo economizar tempo. Um bom exemplo foi a campanha #PreparaPraMim, que ao twittar os ingredientes disponíveis em sua geladeira + a hashtag, o usuário recebia uma receita pronta.
Comunicação
Esse conteúdo cria um senso de comunidade ao redor de elementos ou do produto em si. Desenvolva ações que acolham as pessoas e gere comunicação espontânea. Ela também dá margem para estimular influenciadores e aproximar interesses em comum.
Entretenimento
Neste tipo de conteúdo o intuito é promover experiências à audiência. Experiência é uma trend que irá durar por muito tempo. Então, é bom investir em conteúdos que tenham significado e tragam momentos marcantes para quem interage.
Case Coca-Cola
No storytelling, é preciso transcender as características do produto ou serviço. O bom contador de histórias deverá ir além e atingir níveis mais subjetivos da audiência para criar um vínculo emocional entre a marca e o público.
As campanhas da Coca-Cola são um dos maiores exemplos de storytelling nas empresas. Se você reparar bem, os comerciais e as demais peças publicitárias da marca estão sempre contando uma história relacionada à amizade, à família, à união e ao amor.
E o produto, que é o refrigerante, aparece em segundo plano. O foco quase nunca está nas características da bebida, mas sim nos valores e sentimentos que a marca quer passar para seus consumidores.
Storytelling no B2C: Huggies
A Huggies é uma empresa que fabrica fraldas e tem como maior concorrente a Pampers. No Canadá, esta última detinha todos os contratos hospitalares e até então era líder de mercado. Para conseguir competir com a Pampers, a Huggies canadense lançou em 2016 uma campanha utilizando o storytelling.
Para isso, criou uma narrativa que convencia as mães a escolherem as fraldas Huggies em detrimento da sua maior concorrente.
“Hugs” significa “abraços”. Logo, essa narrativa tinha como base uma série de pesquisas científicas que mostram a importância do abraço para melhorar diversos aspectos da saúde dos bebês, tais como: os sinais vitais dos recém-nascidos; o fortalecimento do sistema imunológico e o desenvolvimento cerebral.
Como resultado, as vendas de fraldas Huggies aumentaram 30% naquele ano.
Storytelling B2B: State Street
A empresa de gestão de investimentos State Street conseguiu transformar sua iniciativa de storytelling em um ponto turístico da cidade de Nova York.
Para isso, criou uma personagem feminina, ainda jovem, uma menina, e a colocou como heroína que enfrenta os mercados, no caso, o famoso touro dourado de Wall Street. Com isso, queria mostrar o poder de empresas lideradas por mulheres.
Links pesquisados:
www.rockcontent.com
www.resultadosdigitais.com.br
www.agendor.com.br
www.endeavor.org.br
www.neilpatel.com