O modelo de desenvolvimento visto atualmente no mundo, embora tenha promovido diversos avanços tecnológicos e de qualidade de vida para as pessoas, está se mostrando cada vez mais escasso. As mudanças climáticas, os desastres naturais e a fome deixam claro que ele precisa ser revisto. O futuro do sistema econômico, preza por negócios voltados para o Capitalismo Consciente.
Basicamente, capitalismo consciente é a tese que defende que o capitalismo pode agir tanto para fins econômicos quanto para o bem-estar social.
O Instituto Capitalismo Consciente Brasil é o representante oficial do movimento global que recebeu este título: Capitalismo Consciente. O objetivo da entidade é transformar as empresas que antes se fortaleceram no modelo antigo de capital, em se tornarem gestoras de negócios que tenham preocupação ambiental, ética e sustentável.
Propósito deve ser a mola propulsora do negócio
Ter um propósito de contribuição para a sociedade. Tratar os stakeholders de forma equânime. Ter a liderança da empresa comprometida com a transformação social do país. Construir uma cultura consciente que traduza valores em ações. São os quatro drivers de uma avaliação de consciência empresarial do Capitalismo Consciente, que é um movimento global que existe para transformar o mundo por meio da inspiração de negócios conscientes, sustentáveis e inovadores.
Uma empresa consciente é aquela capaz de gerar lucro a longo prazo, com relações de confiança entre toda a cadeia na qual ela atua e engajamento total dos líderes, que são orientados ao propósito da companhia.
Pensando além dos muros da empresa, a visão de capitalismo consciente engloba se relacionar com clientes e fornecedores que possuem valores similares e causar um efeito positivo na sociedade.
A relação com clientes e fornecedores fortalece um ambiente de trocas de produtos e serviços harmonioso, evitando conflitos decorrentes de propósitos antagônicos.
As relações comerciais são cada vez mais pautadas na mutualidade dos benefícios, com uma valorização da parceria em detrimento de ser meramente uma venda de produto ou prestação de serviço.
Cativar a confiança é a meta principal
A associação da imagem de duas empresas com propósitos desalinhados pode afastar clientes e estressar a cadeia na qual essas empresas se inserem.
Os líderes devem ter a preocupação e cuidado para que suas ações cativem confiança como transmissores da cultura e propósito. Acima de tudo, ser líder é servir ao propósito da organização criando valor para todos os seus stakeholders, cultivando uma Cultura Consciente e permitindo que um time motivado seja capaz de feitos grandiosos de alto impacto para sociedade.
Um dos pontos mais interessantes do funcionamento desse novo modelo econômico é o seu rompimento com o paradigma fundamental do capitalismo. Historicamente, o sistema capitalista foi sustentado pela busca e geração de lucro. Esse novo modelo propõe grandes mudanças.
A ideia não é deixar de lado o lucro dos empreendimentos, mas trabalhar a ideia de que esse não deve ser o único aspecto levado em conta e, muitas vezes, nem mesmo o mais importante. A razão de existir das empresas, passa a ser outra.
Embora o resultado financeiro seja importante, no Capitalismo Consciente, o intuito dos empreendimentos volta-se ao impacto positivo na vida das pessoas, onde são adotadas posturas humanizadas e o equilíbrio entre o desenvolvimento financeiro e políticas de sustentabilidade.
Essa é uma realidade já defendida por diversas empresas de grande escala, como a própria Amazon, a BMW e o Google. Uma das políticas centrais desse novo sistema envolve, por exemplo, o desenvolvimento com base em investimentos ESG, atrelando a sustentabilidade ao crescimento econômico.
Quatro pilares norteiam o capitalismo consciente
O primeiro e principal pilar para o avanço de um modelo econômico consciente é a perspectiva de um propósito maior. Ou seja, é fundamental que as empresas e demais instituições pautem as suas ações em um propósito que ultrapasse a busca de lucro.
Integração de stakeholders esse é outro ponto de enorme importância. De forma geral, stakeholder é qualquer indivíduo ou organização que é impactado pelas ações tomadas por uma determinada empresa. Ou seja, os stakeholders são a parte interessada no desenvolvimento e andamento do empreendimento.
Nesse sentido, vale tanto para os acionistas, que financiam o desenvolvimento das empresas, como para os funcionários do negócio, que por meio de sua colaboração fazem com que o empreendimento se desenvolva, bem como os consumidores.
North Star Metric é a métrica que importa
Para que o propósito maior de uma determinada corporação possa ser traduzido em seus direcionamentos, é necessário que existam lideranças conscientes que reflitam esse propósito nas ações e estratégias tomadas pela empresa.
Dessa forma, para a promoção de um crescimento consciente, é fundamental que as pessoas que estão à frente do negócio tomem o devido cuidado para que as suas atitudes cativem os funcionários e demais stakeholders, no sentido dos propósitos maiores propostos.
O estágio pleno de um capitalismo consciente envolve um ambiente diário em que os valores desse novo modelo estejam inseridos em uma cultura consciente. É importante que isso não ocorra de forma forçada, mas, sim, que faça parte da cultura do lugar.
Dessa forma, a empresa é um agente de transformação da sociedade não apenas por conta de seu modelo de produção ou prestação de serviço, nem por seu discurso institucional, mas pelas práticas que adota em seu cotidiano.
História do capitalismo original
O desenvolvimento do capitalismo ocorreu de forma lenta e gradual ao longo da história. Desde o final da idade média, práticas comerciais passaram a ganhar destaque. Com o desenvolvimento das cidades, esse modelo de produção e circulação de mercadorias ganhou destaque.
De forma geral, podemos compreender o desenvolvimento do capitalismo em três etapas: comercial, industrial e financeiro.
O capitalismo comercial foi marcado por pequenas trocas entre os centros urbanos. Já o industrial, como o nome aponta, refere-se à produção de mercadorias em massa, por meio das indústrias.
O último momento do capitalismo é o atual, em que vivemos uma realidade de capitalismo financeiro. Globalizado, o sistema econômico é compartilhado por todas as pessoas do mundo que, por meio de investimentos, fornecem recursos para que as empresas e a própria economia possam se desenvolver cada vez mais.
Origem do Capitalismo Consciente
O Capitalismo Consciente é um movimento global que se originou nos Estados Unidos a partir de um estudo acadêmico conduzido por Raj Sisodia, Jaf Shereth e David Wolf.
O estudo tinha o objetivo de verificar como algumas empresas conseguiam manter alta reputação e fidelidade dos clientes sem ter investimentos exorbitantes em publicidade e marketing.
Antes de ser publicado, o estudo chegou ao conhecimento de John Mackey, CEO da Whole Foods, que identificou no manuscrito muitas características e atitudes que há muitos anos já aplicava em seu negócio. Posteriormente, com a contribuição de Mackey, o estudo evoluiu para o livro Firms of Endearment (traduzido no Brasil como “Empresas Humanizadas”), publicado em 2007, que expõe sobre como as empresas lucram a partir da paixão e propósito. A prática é baseada em quatro princípios: Propósito Maior, Cultura Consciente, Liderança Consciente e Orientação para Stakeholders.
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