Saiba como o Metaverso já está mudando sua vida

Disse Peter Drucker que “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. Ao que tudo indica já estamos fazendo isso desde os primórdios do Metaverso.

Mas o que é isso? Como já está afetando nossas vidas, relações, trabalho e negócios? Ainda existem mais perguntas que respostas e, ao que tudo indica, só o tempo dirá como vai ser o tal do Metaverso.

Mas como começou essa história de Metaverso?

Há 10 anos o escritor de ficção científica, Neal Stephenson, lançou um livro chamado “”Snow Crash”. Nele, um entregador de pizza se transforma em samurai em um universo virtual chamado “Metaverso”.

Então já dá para ter uma ideia que estamos falando de uma vida que mistura o real e o virtual.

Depois do livro vários jogos foram lançados com base nesse conceito, entre eles Second Life (que se reinventou com uma nova versão), Fortnite, Roblox, Minercraft, entre outros.

Em todos eles os jogadores podem criar uma realidade virtual e viver ali com seus personagens.

Mas foi quando Mark Zuckerberg, diretor-executivo do Facebook, mudou o nome da sua empresa para “Meta” é que todo mundo começou a prestar mais atenção neste nome e conceito. Segundo ele o futuro “será o metaverso em nossas vidas”.

Metaverso, muito além de uma brincadeira

Mas se engana quem acha que só de jogos e brincadeiras vive o metaverso. Hoje a vida online já está em setores como educação, varejo, investimentos, mercado imobiliário, financeiro, cultural e até de relacionamentos.

Olha esse dado: até 2030 o metaverso deve alcançar cerca de US$ 5 trilhões em investimentos até 2030. E somente esse ano este número é de US$ 120 bilhões. Os dados são de um relatório da McKinsey.

Quando se pensa um metaverso, a Gartner, empresa de consultoria, tem um conceito bem interessante: trata-se de um espaço coletivo criado pela convergência da realidade física e digital e que não pertence a nenhum fornecedor.

Metaverso para todos?

Parece um admirável mundo novo bem democrático certo? Mas não é bem assim.

Por exemplo: hoje é possível que seu avatar do jogo Roblox tenha um bolsa Gucci que custa R$ 22 mil, muito mais do que a bolsa em uma loja real.

Mas como saber se é original? O comprador recebe um NFT, um certificado virtual com token único.

Várias outras lojas estão lucrando alto com o metaverso, com a venda de artigos de luxo que só podem ser usadas por avatares.

A Balenciaga, por exemplo, fez uma parceria com a Epic Games para venda de itens exclusivos dos avatares do Fortnite.

Entre outras empresas que estão investindo pesado no metaverso estão Ralph Lauren, Nike, Burberry e até a marca de cerveja Stella Artois.

Em um artigo para a Meio e Mensagem, Ian Black, CEO da New Vegas faz um alerta. Para ele o que está acontecendo é um “colonialismo digital” pois são as grandes empresas e países ricos que estão à frente do projeto.

Mas há quem defenda que a novidade vai trazer muitos benefícios para os humanos nas duas esferas: real e digital.

Estamos apenas engatinhando

Seja sincero: quando você usava a internet discada, conseguia imaginar as possibilidades que ela tem hoje?

A verdade é que para utilizar todo o potencial do metaverso ainda é preciso de muito mais tecnologia do que temos hoje.

O 5G, por exemplo, que promete uma velocidade de dados ultrarrápida, acaba de chegar ao Brasil.

E mais: cerca de 37% da população mundial não tem acesso sequer à Internet! No Brasil esse número é de 20% das pessoas.

E mais: os acessórios como óculos virtuais, que nos permitem entrar no metaverso de forma mais realista ainda são extremamente caros.

Além disso, ainda não é possível “mergulhar” nessa experiência com nossos 5 sentidos.

Mas já existem empresas trabalhando em trazer o “cheiro” e o “tato” para a realidade virtual. Já imaginou?

Quais os benefícios que já podemos comemorar com o metaverso?

Apesar de estarmos dando nossos primeiros passos nessa terra digital, já é possível experimentar o metaverso. Veja onde e como:

1 – Entretenimento

Já existem jogos com realidades virtuais bem realistas.  O próximo passo será a realização de shows virtuais sem limite de público e outros eventos como jogos e campeonatos.

2 – Cultura

O NFT possibilitou a venda de obras de arte digitais originais. Ou seja, você pode comprar um quadro original e pendurar na sua casa no metaverso.

3 – Educação

Ainda não temos salas de aula virtuais, mas com a pandemia começamos a treinar este tipo de ensino à distância. Com a evolução da tecnologia, universidades e escolas poderão criar espaços bem mais realistas.

4 – Trabalho

Já temos o trabalho remoto e até salas de reuniões com avatares. O desafio é tornar estes locais mais funcionais e que proporcionem um nível de interação maior entre os colaboradores.

5 – Economia

O metaverso funciona com moedas virtuais, tokens não fungíveis e transações descentralizadas por meio de blockchain. Também é possível fazer investimentos em criptomoedas.

6 – Mercado imobiliário

Já é possível comprar e vender terrenos digitais. Você pode comprar um terreno que varia de preço se for mais perto do mar, por exemplo. Também já estão sendo negociadas salas virtuais de escritórios.

E como isso influencia o marketing digital?

Sempre que surge uma nova tecnologia o marketing deve se atualizar e aproveitar as novas possibilidades.

Atualmente já existem influenciadores digitais, por exemplo, com milhares de seguidores, como é o caso da Satiko, personagem virtual da apresentadora Sabrina Sato. Inclusive ela acabou de inaugurar a franquia do restaurante “Peixe ao Cubo” na plataforma Cidade Alta.

E mais: dentro do metaverso as possibilidades serão infinitas! Imagine que você tem uma agência de turismo e que possa levar um cliente para um passeio virtual pelas Maldivas? Isso incluindo a vista, o barulho das ondas, o cheiro do mar e a sensação dos pés na areia?

Dentro desse contexto, parece ser mais provável que os anúncios sigam a linha de Inbound, afinal ninguém vai querer ser incomodado o tempo todo por anúncios na vida digital.

Conclusão

Mas como dissemos, ainda estamos engatinhando. Existem ainda muitas outras questões a serem discutidas. As mudanças e avanços tecnológicos têm o seu lado bom e ruim e, assim como no mundo real, existem as boas e más intenções.

Cabe a cada um de nós tornar nosso mundo melhor. Seja ele real ou virtual.

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Fontes pesquisadas:

rockcontent.com.br

infomoney.com.br

uol.com.br

cnnbrasil.com.br

forbes.com.br

resultadosdigitais.com.br

meioemensagem.com.br